quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Fisioterapia e o Fisioterapeuta


“Centra-se na análise e avaliação do movimento e da postura, baseadas na estrutura e função do corpo, utilizando modalidades educativas e terapêuticas específicas, com base essencialmente no movimento, nas terapias manipulativas e meios físicos e naturais, com a finalidade de promoção da saúde e prevenção da doença, da deficiência, da incapacidade e da inadaptação e de tratar, habilitar ou reabilitar, indivíduos com disfunções de natureza física, mental, de desenvolvimento ou outras, incluindo a dor, com o objectivo de os ajudar a atingir a máxima funcionalidade e qualidade de vida.”
Definição de Fisioterapia retirado do decreto-lei nº 261/93 de 24 de Julho.



A Fisioterapia é uma profissão autónoma e o seu exercício é caracterizado por um comportamento reflexivo, e um raciocínio clínico sistemático que contribuem para uma abordagem centrada no paciente, apoiada por uma metodologia de resolução de problemas. Assim permite-se a evolução e o desenvolvimento da própria intervenção terapêutica, uma vez que a evolução do paciente acontece a cada instante.

O Fisioterapeuta é um profissional de saúde com formação académica superior, sendo desta forma capacitado a avaliar, reavaliar, prescrever (tratamento fisioterapêutico), dar diagnóstico cinético-funcional e prognóstico.

Os fisioterapeutas actuam no contexto de programas e projectos interdisciplinares de habilitação/reabilitação, com o objectivo de restaurar a função e a qualidade de vida, em indivíduos com perdas ou alterações de movimento. Guiam-se pelos seus próprios códigos e princípios éticos, ou seja seguem as normas de boas práticas formuladas a partir das indicações dadas pela World Confederation of Physical Therapy (WCPT) adaptadas à realidade Portuguesa.

  
Além do seu contributo na prevenção, o fisioterapeuta actua junto do indivíduo, estabelecendo modelos próprios de intervenção fundamentados na avaliação do indivíduo como um todo, programando, executando e avaliando a sua intervenção.

Durante o curso, o aluno entra em contato com diversas áreas médicas de forma a associar as patologias ao tratamento fisioterapêutico ideal. Para isso, mostra-se necessário o conhecimento e estudo das áreas de: cardiologia, pneumologia, pediatria, urologia, ginecologia, neurologia, geriatria, ortopedia e traumatologia, reumatologia, dermatologia, oncologia entre outras áreas.
O objectivo da Fisioterapia em cuidados domiciliares é o de melhorar ou manter o nível de funcionalidade adequado a cada indivíduo, através de um plano de intervenção, de modo a se obterem resultados centrados no paciente. O plano deve reflectir o controlo dos sintomas (dor, dermencias, fraqueza muscular, falta de equilíbrio, etc) capacidade de realizar actividades diárias, desempenho para o exercício e melhoria da qualidade de vida. O Fisioterapeuta avalia o contexto habitacional, e estabelece o plano de tratamento adequado, proporcionando diferentes experiências para melhorar a qualidade e quantidade de movimentos realizados, de acordo com as capacidades e necessidades do paciente.

O fisioterapeuta procura através da sua intervenção, apresentar uma forma de aumentar as possibilidades funcionais do paciente a partir de um espectro mais alargado possível de experiências motoras, e estabelece as metas da intervenção com base em aspectos fundamentais para o sucesso, nomeadamente valores e expectativas do paciente, objectivos a curto, médio e longo prazo.